Reforma Tributária: adaptar-se é questão de sobrevivência A aprovação da Reforma Tributária, instituída pela Emenda Constitucional nº 132/2023, foi um marco histórico para o Brasil. Após décadas de debates, o novo sistema entrará em vigor já em 1º de janeiro de 2026. No entanto,...

24 de outubro de 2025
Jornal Contábil

A aprovação da Reforma Tributária, instituída pela Emenda Constitucional nº 132/2023, foi um marco histórico para o Brasil. Após décadas de debates, o novo sistema entrará em vigor já em 1º de janeiro de 2026. No entanto, muitas empresas podem estar subestimando a complexidade da transição e, principalmente, o risco real que a falta de planejamento e ação representa. A Reforma Tributária é uma mudança com magnitude semelhante ao que foi o Plano Real para a economia brasileira.

O debate público costuma focar nas alíquotas e nos impactos macroeconômicos, mas a realidade para a gestão e operação das empresas vai além, e é muito mais urgente. A implementação das adequações que a Reforma traz consigo exigirá ajustes cruciais e profundos nos processos e, principalmente, nos sistemas de gestão de empresas que operam no Brasil. E o prazo final para a primeira adequação, 1º de janeiro de 2026, está muito mais próximo do que parece.

Em termos práticos: se os sistemas de uma empresa não estiverem plenamente adequados e atualizados para atender à primeira implementação da nova legislação, e uma nota fiscal for emitida sem os novos tributos, o documento será rejeitado pela Secretaria da Fazenda. Isso pode criar dificuldades para efetuar a venda de produtos e serviços. Sem nota, não há venda, não há faturamento, não há entrega.

Essa não é uma previsão alarmista, mas uma constatação técnica. A mudança no modelo de imposto, que passará a ser calculado “por fora” afetando a precificação, a criação de novas obrigações e o fim de regimes especiais são apenas a ponta do iceberg. A Reforma Tributária impactará diretamente o fluxo de caixa, com a alteração no momento da apuração e recolhimento dos tributos; a formação de preços, exigindo revisão de margens e negociações comerciais; e até a dinâmica financeira com fornecedores e clientes, com a introdução do modelo de split payment.

Postergar essa adequação é uma aposta de altíssimo risco. Projetos de adaptação fiscal são complexos e demandam tempo para análise, planejamento, atualização tecnológica, parametrização e, fundamentalmente, testes exaustivos. Deixar para a última hora significa enfrentar uma corrida contra o tempo em um cenário onde a demanda por serviços de consultoria e suporte técnico pode exceder a capacidade de atendimento do mercado.

A jornada de adaptação é urgente, deve começar agora e precisa ser pauta também do C-level, pois trata-se de uma tarefa que ultrapassa departamento fiscal ou de TI. É uma mudança estratégica que envolve toda a organização.

O primeiro passo é estudar a Reforma e seus impactos diretos no negócio. Em seguida, é crucial realizar um diagnóstico detalhado e planejar as adaptações necessárias.

Em termos de tecnologia, é imprescindível migrar os sistemas de gestão para as últimas versões e patches, que incorporarão as novas funcionalidades. A partir daí, é possível configurar os novos impostos e realizar os testes necessários, sem esquecer, evidentemente, de treinar as equipes para se adaptarem tanto às mudanças no sistema, quanto às regras que entram em vigor em 2026.

A adequação à nova legislação tributária é um passo essencial para a continuidade e o sucesso de qualquer empresa no Brasil. A antecipação não é uma recomendação, mas uma estratégia de sobrevivência. Aqueles que enxergarem a transição não como um fardo, mas como uma oportunidade para modernizar processos e se tornar mais eficientes, sairão na frente. Os que decidirem esperar, verão o relógio chegar a zero e, talvez, as portas de suas empresas fechadas para negócios. 

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